O relatório lido por mercados africanos disponível em Inglês e Francês sobre o 5G em África da GSMA, uma organização comercial global para operadoras de telefonia móvel, estima que apenas sete países africanos, incluindo África do Sul, Nigéria e Quênia, terão 5G até 2025. E isso representará apenas 3% dos serviços móveis dados em comparação com 16% globalmente.
Ao contrário das gerações anteriores de tecnologia móvel, que tendiam a apresentar um único recurso inovador para os usuários ̶ 1G permite que se ande e fale, 2G permite enviar textos, 3G permite entrar na internet e 4G permite transmitir ̶ o 5G promete um conjunto completo de melhorias.
Para os agricultores africanos a utilização do 5G pode apoiar e tornar eficazes as campanhas agrícolas, incluindo a gestão da água, irrigação, segurança do gado e monitoramento das colheitas, acentuo o relatório.
O 5G pode permitir a recolha de dados em tempo real, permitindo que os agricultores monitorem, rastreiem e automatizem os sistemas agrícolas para aumentar a lucratividade, eficiência e segurança.
O 5G permite atingir velocidades até 100 vezes mais rápidas do que 4G e eliminar quase todos os atrasos de processamento e sobretudo iniciar a internet das coisas (IoT), projetada para conectar máquinas, aparelhos e sensores a baixo custo sem esgotar as baterias.
Segundo o mesmo relatório atualmente, a tecnologia 5G em África não deve orientar-se apenas para o consumo individual ̶ uma vez que a maioria dos africanos mantém os dispositivos por cerca de 4 anos ou mais ̶ mas também, modelos de negócios, como turismo, hotelaria, mineração e média.
Por outro lado deve-se explicar que a utilização do 5G não implica aparatos caros já que o custo advém vem dos processos burocráticos de aprovação, da rede e dos impostos cobrados sobre as operadoras.
Os governos podem e devem desempenhar um papel fundamental para ajudar a ultrapassar essas barreiras, e assumir uma posição de liderança no apoio a disseminação do 5G no continente.