Angola: 61º aniversário do início da Luta Armada.
Tal como fazemos para as efemérides dos outros PALOP, Mercados Africanos recorda nesta sexta-feira, 4 de Fevereiro de 2022, o 61° aniversario do início da luta armada que conduziu à independência de Angola.
Sobre o percurso desses 61 anos em todas as suas vertentes sociais, políticas e económicas, estamos seguros de que nesta data não faltarão análises e comentários pertinentes
Nós, Mercados Africanos, escolhemos recordar a data e ao que nela participaram e que marcou uma viragem política, cultura e social da época em Angola.
Nesse dia um grupo de angolanos armados de catanas e poucas armas de fogo decidiu libertar compatriotas que se encontravam presos acusados pelas autoridades coloniais de atividades subversivas, contou num artigo do Noticias de Angola
A prisão visada era a Cadeia de São Paulo e a Casa de Reclusão, em Luanda., nas quais entre os detidos estavam Luandino Vieira, António Jacinto, Jofre Rocha, Manuel Pedro Pacavira, António Cardoso e muitos outros, que apesar de detidos continuavam a escrever.
Curioso de notar que coincidentemente, Agostinho Neto, detido na altura na Prisão de Aljube, em Portugal, escreve os poemas intitulados “Depressa” e “Luta”, datados entre Agosto e Setembro de 1960, respetivamente.
Os participantes no ataque foram treinados à noite, na zona de Cacuaco e depois no Cazenga.
À 11 de Novembro de 1975, Agostinho Neto, ao proclamar a independência de Angola rendeu homenagem, aos que participaram na ação do 4 de Fevereiro de 1961.
Segundo dados do Noticias de Angola, destacaram-se na ação, entre outros, os nacionalistas Paiva Domingos da Silva, Imperial Santana, Virgílio Sotto Mayor e Neves Bendinha (já falecidos).
Os visitantes de Luanda podem ver o monumento denominado “Marco Histórico do 4 de Fevereiro”, inaugurado à 19 de Setembro de 2005.