Angola e RDC ligadas por 600 quilómetros de fibra ótica
Impulsionada pela pandemia do coronavírus, a procura por conectividade de banda larga explodiu em África desde 2020.
Vários grupos de telecomunicações têm investido nas suas redes. E nesse sentido, a Paratus Africa iniciou o fortalecimento da sua própria rede na África Austral.
A provedora de conectividade de banda larga Internet Technologies Angola (ITA), subsidiária da Paratus Africa, anunciou nesta segunda-feira (6 de setembro, 2021) a instalação de uma ligação de fibra ótica de 600 quilómetros entre Angola e a República Democrática do Congo.
A infraestrutura de telecomunicações ligará as cidades de Noqui (Angola) e Matadi (RDC). Com uma capacidade de dados de até 200 gigabits por segundo, a ligação terrestre ajudará a melhorar a conectividade entre os dois países e fornecerá serviços de Internet aos municípios de Nzeto, Tomboco e Mbanza Congo na província do Zaire na RDC, e até mesmo, Kinshasa la capital.
Rolf Mendelsohn, CEO do ITA, explicou que este investimento estratégico “em Angola e na região da SADC [Comunidade de Estados de Desenvolvimento da África Austral] está a ajudar a desbloquear oportunidades reais de negócio”.
”A nossa estratégia – fornecer uma rede de qualidade em África – é alcançada por meio de nosso investimento em infraestrutura. O lançamento desta ligação de fibra ótica – juntamente com outras ligações futuras entre Angola e os países vizinhos – mostra como estamos a pensar em grande e a permitir que os nossos clientes empresariais, multinacionais e internacionais o façam agora como nós o fazemos, com conexões, mais rápidas, confiáveis e mais acessíveis”, sublinhou ele a terminar.
A conexão de fibra ótica de Angola à República Democrática do Congo faz parte de uma série de investimentos iniciados desde 2019 pela Paratus Africa para consolidar a sua oferta de conectividade na parte sul de África.
Para além do desenvolvimento em curso do grupo no Botsuana, vem a implementação de uma ligação de 750 quilómetros de Maputo, em Moçambique, ao centro de dados Teraco Isando em Joanesburgo, via Eswatini.
Há também a conexão desde fevereiro passado da Namíbia ao cabo submarino de fibra ótica Equiano, do Google.