“Ar Condicionado”, filme angolano de Fradique Bastos compete no FESPACO.
O filme angolano “Ar condicionado” é uma das 15 longas-metragens da Competição Oficial da 27ª edição do FESPACO, provavelmente o mais conceituado dos festivais de cinema em África.
A película tem como palco Luanda e conta a história de equipamentos de ar condicionado que começam misteriosamente a cair dos apartamentos da baixa da cidade.
Matacedo e Zezinha, um guarda e uma empregada doméstica, têm a missão de recuperar o ar condicionado do patrão.
Essa missão leva-os à loja de materiais elétricos do Kota Mino, que está a montar em segredo uma máquina de recuperar memórias.
“Ar Condicionado” teve estreia mundial em Janeiro deste ano (2021) no Festival Internacional de Cinema de Roterdão.
A 27ª edição do FESPACO começou a 16 de outubro e decorreu até este sábado, 23 outubro 2021 na capital do Burquina Faso, Ouagadougou, após meses de adiamento
O Presidente Roch Christian Kaboré esteve presente na cerimônia de abertura do Festival Pan-Africano de Cinema e Televisão, FESPACO, com o tema “Cinemas africanos e da diáspora: Novos looks, novos desafios”.
Esta edição foi marcada por uma grande produtividade e diversidade africana, com 239 filmes produzidos por cerca de cinquenta realizadores de diferentes nacionalidades.
17 produções selecionadas concorrem ao Yennega, o prestigioso troféu a ser entregue por um júri oficial de 7 pessoas, presidido pelo mauritaniano Abderrahmane Sissako.
Por fim, muitas novidades trazidas pelo novo diretor geral do festival, Alex Moussa Sawadogo, para dar a máxima visibilidade aos atores do cinema africano.
Houve, assim seções ”Perspetivas” para promover a nova geração de produtores, ”Panorama” para filmes de qualidade não selecionados para a competição oficial, ”Clássicos do FESPACO” para retrospetivas, e ainda “FESPACO Sukabè”, para produções voltadas para o público infantil.
As projeções decorreram em vários cinemas da capital, Ouagadougou, e em dez espaços exteriores para o público em geral.
Paralelamente ao evento, serão realizados seminários sobre os obstáculos ao desenvolvimento do cinema africano, como a qualidade da formação, a fragilidade dos sistemas de promoção e distribuição e a falta de financiamento.