Arrancou gasoduto de 1443 km entre Uganda e Tanzânia.
Com um investimento de 10 mil milhões de dólares foi lançada, nesta terça-feira, 1 de Fevereiro de 2022, a construção do maior gasoduto do mundo com 1,443 quilómetros de extensão entre o Uganda e a Tanzânia.
“Hoje comprometemo-nos a investir 10 mil milhões de dólares nos projetos de Tilenga e Kingfisher e no gasoduto de 1.443 quilómetros”, que liga o Uganda e a Tanzânia, disse Patrick Pouyanné, presidente do conselho de administração (CEO) da TotalEnergies, numa cerimónia oficial na capital ugandesa, Kampala, na presença de Yoweri Museveni, Presidente do Uganda e Philip Mpango, Vice-Presidente da Tanzânia.
“O desenvolvimento dos recursos do Lago Albert é um projeto importante para Uganda e Tanzânia, e a nossa ambição é torná-lo um projeto exemplar em termos de prosperidade compartilhada e desenvolvimento sustentável”, acrescentou o CEO da TotalEnergies.
Referindo-se aos recentes protestos das organizações ambientalistas Pouyanné sublinhou que “Estamos plenamente conscientes dos importantes desafios sociais e ambientais que ele representa”.
E realçou que “[O projeto] prestará especial atenção ao uso das habilidades locais, para desenvolvê-las através de programas de formação, para impulsionar o setor industrial local a fim de maximizar o retorno local positivo deste projeto”.
Para além deste empreendimento a TotalEnergies e o Ministério de Energia e Minerais de Uganda também assinaram hoje um Memorando de Entendimento (MoU) para o desenvolvimento de energia renovável com os objetivos de desenvolver 1 GW de capacidade instalada, promover o acesso à eletricidade e energia limpa, apoiar os objetivos nacionais de mudança climática por meio de a implantação de projetos de redução da pegada de carbono.
“Com a assinatura de hoje de um acordo-quadro sobre energia renovável, estamos a lançar as bases para implementar a nossa estratégia no Uganda e contribuir para o acesso das pessoas à energia.”
Sob as águas e nas margens do Lago Albert encontra-se o equivalente a 6,5 mil milhões de barris de petróleo bruto, dos quais cerca de 1,4 mil milhões de barris são exploráveis no estado atual de descoberta.
O projeto tem sido fortemente criticado pelas organizações ambientais, que dizem que a a TotalEnergies não levou em consideração os impactos sociais e ambientais de dois megaprojetos, designadamente a perfuração de 419 poços de petróleo perto do lago Alberto, no Uganda, e a construção de um oleoduto.
A TotalEnergies, anteriormente chamada de Total, uma das cinco “gigantes” mundiais, ativas na produção de petróleo e gás está agora num processo de diversificação, principalmente, na produção de eletricidade, nomeadamente a partir de fontes renováveis.