FMI empresta 455M dólares ao C. Brazzaville.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) acaba de aprovar um financiamento de 455 milhões de dólares para o Congo Brazzaville.
O anúncio foi feito pela instituição através de um comunicado à imprensa lido por Mercados africanos.
O financiamento faz parte de um contrato de uma Extended Credit Facility (Linha de Crédito Alargada) (ECF na sigla em Inglês).
Com uma duração de 36 meses, visa ajudar o Congo Brazzaville a manter a sua estabilidade macroeconómica, apoiando a recuperação económica pós-covid-19, nomeadamente catalisando o apoio financeiro de outros parceiros do país.
O objetivo também será o de reduzir as vulnerabilidades da dívida e, ao mesmo tempo, acelerar os gastos sociais e o investimento em infraestrutura.
Segundo o mesmo comunicado a que teve acesso Mercados Africanos os economistas do FMI sublinharam que “A economia da República do Congo deverá fortalecer-se no segundo semestre, apoiada pela implantação de vacinas, despesas sociais e pagamento de atrasados internos”.
No entanto não deixaram de alertar para o facto de que:
“Esta recuperação terá riscos. A pandemia, a volatilidade contínua nos preços e produção do petróleo, os choques relacionados às mudanças climáticas e uma implementação de reformas [que poderá vir a ser] mais fraca do que o esperado”
Segundo Kenji Okamura, Diretor Geral adjunto do FMI, este novo acordo de extensão de crédito de três anos “Visa manter a estabilidade macroeconómica durante a recuperação, reduzir as fragilidades e colocar o país numa trajetória de médio prazo para um crescimento mais alto e mais sustentável. resiliente e mais inclusivo. O acordo deve catalisar o apoio dos parceiros de desenvolvimento”.
O comunicado também informa que o FMI fará um desembolso imediato de 90 milhões de dólares.
Recorde-se que, desde 2015, o Congo Brazzaville vive uma crise que mergulhou a sua economia numa recessão.
Com a pandemia, o PIB do país caiu -8,2% em 2020, após uma recessão de -0,4% em 2019 e uma contração de 0,2% em 2021.
O FMI prevê um crescimento económico de 2,3% para o ano em curso (2022).