Investir mais nas mulheres empreendedoras.
De acordo com ministros, banqueiros e especialistas em desenvolvimento, investimentos em mulheres e jovens empreendedores irão estimular o crescimento da África.
Isto foi dito num evento intitulado: “Abrir o potencial de mulheres e jovens empreendedores na era digital“, que teve lugar durante a Conferência de Ministros das finanças, planeamento e desenvolvimento económico, sob a égide da Comissão Económica das Nações Unidas para a África (CEA) e que foi largamente analisada por Mercados Africanos.
O relatório do evento lido por Mercados Africanos, teve como foco os desafios a que são confrontadas as mulheres e jovens empreendedores para obterem financiamento e acederem à digitalização.
Dirigindo-se aos participantes, a Chefe da Seção de Urbanização do CEA, Edlam Yemeru, disse:
“O crescimento económico e prosperidade de África depende da capacidade dos seus empresários para transformar as suas ideias em negócios de sucesso”, acrescentado:
“A alta taxa de desemprego em África afeta especialmente mulheres e jovens. Empreendedorismo na era digital oferece uma grande oportunidade para se criarem novos empregos e melhorar a participação em atividades remuneradas”.
Os bancos foram também exortados a criar critérios de empréstimo adaptados às pequenas empresas. Uma da participante contou a história dela: “Quando eu pedi um empréstimo para o meu negócio, o banco obrigou-me a seguir os mesmos requisitos, mais rigorosos, estabelecidos para as grandes empresas”.
Outro participante Samuel Mugisha, cuja start-up presta serviços de saúde a meio milhão de ugandeses, explicou a situação das start-ups no seu país:
“É fácil começar uma empresa em Uganda, mas 70% das start-ups fecham antes do seu quinto aniversário e isto por falta de apoio para entender o que as empresas devem fazer para sobreviver num ambiente competitivo”.
Tal como tínhamos analisado em artigos anteriores durante esta semana, a 53.ª sessão da Conferência dos Ministros das Finanças de África, insistiu que os fundos adicionais que serão postos à disposição pelo FMI para o continente fossem também canalizados para o setor privado e pequenas e médias empresas, o “motor da economia africana”.
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Imagem: © Mercados Africanos