Kunfabo, o smartfone guineense, já está à venda.
Apesar do contexto local difícil, o número de start-ups africanas que têm sucesso nas suas atividades está a aumentar.
Tal como Mercados Africanos tem vindo a noticiar Mara Phones, Okapi e Kunfabo são marcas africanas de “smartfones”, fabricados em África, que estão a abrir caminho para enfrentar os gigantes estrangeiros.
A Kunfabo, fabricante guineense de “smartfones” de baixo custo, assinou com o Banco Islâmico da Guiné (BIG) um contrato de financiamento para a produção de 3.000 novos smartphones do modelo F99, segundo anunciou a empresa nas suas redes sociais.
O Kunfabo F99 é o primeiro modelo da empresa guineense e começou a ser vendido no mercado local a partir de janeiro de 2020.
Segundo Alhassane Barry, encarregado de negócios do BIG, este acordo faz parte dos objetivos do banco para melhor desenvolver as atividades económicas na Guiné-Conacri.
Em abril de 2021, Kunfabo obteve um financiamento para produzir 40.000 telemóveis especialmente desenhado para as necessidades das populações mais vulneráveis.
Desenvolvidos respetivamente na Guiné-Conacri, República Democrática do Congo e Ruanda, essas marcas de telemóveis são o orgulho do continente africano na área da telefonia móvel.
Objetivo? conquistar o mercado de telefonia móvel africano dominado pelos gigantes da tecnologia ocidentais e asiática.
Kunfabo, é a marca de telemóveis feita na Guiné-Conacri
Kunfabo em Malinké – uma das línguas mais faladas na África Ocidental – significa “estar em contacto” é uma nova marca de Smartphone introduzida no mercado dos telemóveis em Janeiro de 2020.
Está em conformidade com a realidade africana e oferece telemóveis de qualidade certificados pelas normas internacionais, em particular da União Europeia.
Equipado com um sistema operacional Android 9.1 e cobertura 4G, os telemóveis Kunfabo contêm aplicativos puramente africanos, incluindo: “Encontre-me”, um aplicativo para geo-localização, como por exemplo, para farmácias locais e também possuem o aplicativo de receitas africanas “Afro Cook”, para promover as artes culinárias de 54 países africanos.
O outro aplicativo que funciona como sistema de mensagens padrão nesses telemóveis é uma criação de uma start-up camaronesa, com a particularidade do pagamento móvel.
Segundo Fadima Diawara, desenhadora da marca, “Trabalhamos no projeto há três anos e a nossa primeira introdução on mercado guineense foi em janeiro de 2020 e o conceito Kunfabo foi idealizado por africanos. Como o mercado está inundado por várias marcas, pretendemos instalar a nossa montadora no continente para gerar milhares de empregos em África”.
“Estamos muito satisfeitos com esta parceria com o Banco Islâmico da Guiné, que se insere na estratégia de crescimento e diversificação do financiamento das nossas atividades de longo prazo. Esperamos que essa parceria seja frutífera e sustentável”, disse Fadima Diawara, fundadora da Kunfabo.
Após o acordo assinado com a MTN Guinea para ganhar credibilidade e visibilidade em 2020, a Kunfabo deu mais um passo para alcançar seus objetivos de longo prazo.