O Dia de África faz hoje 50 anos.
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Hoje é um dia de celebração em todo o continente africano e para toda a diáspora no mundo. É um dia que deve ser celebrado e comemorado por todos os verdadeiros africanos.
Neste dia, no já longínquo ano de 1963, em Addis Abeba, na Etiópia, 30 chefes de Estado e de Governo africanos reuniram-se com o propósito de defender e emancipar o continente, libertando assim o seu povo do colonialismo. Para isso, criaram a Organização de Unidade Africana (OUA), uma instituição diplomática internacional. Hoje, graças a ela, o continente, tem 54 países independentes.
Em 1972, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o dia 25 de Maio como o Dia de África em homenagem a essa organização que tudo fez para que África seja o que é hoje em dia. Em 2002, a OUA foi substituída pela União Africana, mas a celebração da data manteve-se inalterável.
Este dia recorda a luta pela independência do continente, contra a colonização europeia e contra o regime do Apartheid, assim como simboliza o desejo de um continente mais unido, organizado, desenvolvido e livre.
A data é celebrada em vários países de África e pelos africanos ao redor do mundo. No Gana, no Mali, na Namíbia, na Zâmbia e no Zimbabwe, o Dia de África é feriado nacional.
O Continente Africano
África é considerada o “Berço da Humanidade” porque o ancestral da humanidade mais antigo conhecido o australopithecus ramidus, apareceu e desenvolveu-se no continente africano há pelo menos 4,4 milhões de anos atrás.
O continente tem 30.230.000 km² de extensão territorial, distribuídos em 54 países, sendo a Nigéria o mais populoso.
O maior país do continente é a Argélia e o mais pequeno são as Seychelles.
O ponto mais alto do continente é o Kilimanjaro (5895 m) que também é a montanha independente mais alta do mundo.
O Lago Assal no Djibouti é o ponto mais baixo do continente situando-se a 155 m abaixo do nível do mar.
O Lago Niassa é o lar da maior variedade de espécies de peixes do mundo, incluindo pelo menos 700 espécies de ciclídeos. É um dos Grandes Lagos Africanos e o mais meridional do sistema Rift da África Oriental e fica localizado entre Moçambique, o Malawi e a Tanzânia.
É o quinto maior lago de água doce do mundo em volume, o nono maior lago do mundo em área, o segundo lago mais profundo do mundo e o terceiro maior de África. A parte do lago que pertence a Moçambique foi oficialmente declarada uma reserva natural pelo Governo de Moçambique a 10 de junho de 2011.
O Lago Niassa é um lago meromítico, o que significa que as suas camadas de água não se misturam. A estratificação permanente da água do Lago Niassa e o limite óxido-anóxico (relação de oxigênio na água) são mantidos por gradientes químicos e térmicos moderadamente pequenos.
O rio mais extenso do mundo é o Nilo, fica situado no nordeste do continente e tem 7.088 km de extensão a partir da sua nascente no “Nyungwe National Park” no Rwanda, até à sua foz situada no Egipto.
A sua nascente, encontra-se a Sul da linha do Equador e a sua foz a Norte. A sua bacia hidrográfica ocupa uma área de 3.349.000 km², abrangendo o Uganda, Tanzânia, Ruanda, Quénia, República Democrática do Congo, Burundi, Sudão, Sudão do Sul, Etiópia e o Egipto.
A primeira universidade do mundo foi fundada em 895DC em Fez, no actual Marrocos. A universidade começou com aulas a serem ministradas no interior de uma grande mesquita e mais tarde expandiu-se e tornou-se um local de educação.
A Madrasa (Escola Islâmica) original, ainda hoje funciona e faz parte da Universidade de Al Quaraouiyine. Também é a mais antiga instituição de educação em operação contínua no mundo e também foi a primeira instituição a conceder diplomas de acordo com os diferentes níveis de estudo: estudos islâmicos, matemática, gramática e medicina.
Mas o mais original da história desta Universidade é o facto de ela ter sido fundada por uma mulher, mais precisamente Fatima bint Muhammad Al-Fihriya Al-Qurashiya (فاطمة بنت محمد الفهرية القرشية), mais conhecida por Fatima al-Fihri.
Quando Fatima e a sua irmã herdaram a fortuna do seu pai, Fatima usou a sua parte para fundar a Universidade de Al Qarawiynn que, em 1963, passou a ser uma universidade estatal. Curiosamente, o ensino ainda é ministrado da forma tradicional, ou seja, os alunos ficam sentados em semicírculo ao redor de um xeque (estudioso islâmico).
Conclusão
África claramente é o “Berço da Humanidade”, não só por o primeiro homem ter nascido no continente, mas também porque foi onde surgiram muitas inovações que transformaram o mundo.
Desde a criação da agricultura à pesca organizada, passando pela exploração das primeiras minas, estas e muitas outras inovações tiveram origem no continente. E espalharam-se para o resto do mundo.
Actualmente, o continente não é só “um local bonito para passar férias” é um polo de desenvolvimento tecnológico e encontra-se na vanguarda da mudança energética.
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Imagem: © 2022 Francisco Lopes-Santos