ONU: Apenas 2,3% da população de 1300 milhões de africanos foi vacinada
Apenas 2,3% da população de 1 300 milhões de africanos foi vacinada”, lamentou, Vera Songwe, secretária executiva da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA).
Num comunicado lido por Mercados Africanos a economista camaronesa argumentou também que a prosperidade económica no continente passa pelas vacinas e recordou a meta de vacinação de 30% da população africana até Dezembro deste ano.
Songwe, defendeu que os Estados africanos devem pagar pelas suas vacinas porque isso dá-lhes independência face aos doadores, ao falar no painel mensal que contou com a participação do diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), John Nkengasong, que sublinhou que “o fortalecimento do sistema de saúde não é um custo, mas sim um investimento” e insistiu que a saúde deve estar no centro das políticas.
Nkengasong, sublinhou a terminar que “a pandemia de Covid 19 causou muitos danos às aspirações do continente e à Zona de Comercio Livre Continental Africana (ZCLCA), argumentando que sem a pandemia a agenda de desenvolvimento do continente teria feito grandes avanços”.
“A segurança da saúde irá impulsionar a prosperidade da África”, disse ele.
“O facto de África ter conseguido unir-se para distribuir as suas próprias vacinas, não são vacinas grátis, para o continente é claramente uma maneira de garantir a prosperidade”, vincou, concluindo que “pagar pelo que precisa é uma garantia de que se vai ter, porque se esperamos por doações, a incerteza à volta das vacinas aumenta”.
“África deve colocar a agenda da saúde pública no centro, quer do diálogo político, quer económico, porque ninguém fura um poço quando tem sede, os poços furam-se antes de termos sede, e por isso não se desenvolve um sistema de saúde no meio de uma pandemia, mas fazemo-lo em preparação para outra pandemia”, argumentou ela.