Os africanos que ganharam o Nobel da Paz (IV)
Desde o início do Prémio Nobel da Paz em 1901, houve vários premiados africanos selecionados pelo Comité Nobel da Noruega. Numa serie de artigos, do qual este é o quarto, recordamos os africanos que foram premiados.
O Prémio Nobel da Paz é um dos cinco prémios internacionais anuais concedidos em várias categorias em, avanços académicos, culturais e ou científicos.
Neste quarto artigo recordamos laureados norte africanos, incluindo a única organização a receber um Nobel da Paz em África.
Mohamed ElBaradei, Egito, 2005

Mohamed ElBaradei, foi Diretor-Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de 1997 a 2009 e recebeu o Prémio Nobel da Paz juntamente com a agência nuclear da ONU, AIEA, pelos seus esforços para evitar que a energia nuclear seja usada para fins militares e para garantir a energia nuclear para fins pacíficos e usada da maneira mais segura possível.
O comité do Nobel observou que ElBaradei havia feito muito para fortalecer a AIEA como organização e aumentar a adesão ao regime de não proliferação nuclear.
Mohamed ElBaradei nasceu no Cairo em 1942.
Antes de se tornar chefe da AIEA, trabalhou durante vários anos como diplomata egípcio e nas Nações Unidas.
Quarteto de Diálogo Nacional, Tunísia, 2015

O Quarteto de Diálogo Nacional é um grupo de quatro organizações que foram centrais nas tentativas de construir uma democracia pluralista após uma revolução na Tunísia em 2011.
O quarteto é composto pelo Sindicato Geral do Trabalho da Tunísia, a Confederação da Indústria do Comércio e do Artesanato da Tunísia, a Liga dos Direitos Humanos da Tunísia e a Ordem dos Advogados da Tunísia.
O grupo conseguiu criar um diálogo pacífico.
Através de um papel mediador, o quarteto permitiu que as divisões políticas e religiosas fossem superadas e um desenvolvimento democrático seguiu-se.
As organizações representam diferentes setores e valores da sociedade tunisina. Com essa base motriz, exerceram um papel mediador em vista há promoção de um desenvolvimento democrático e pacifico na Tunísia. Foi por essa razão que o prémio foi atribuído ao quarteto e não, individualmente, às quatro organizações que o constituem.
Eles receberam o Prémio Nobel da Paz pela sua contribuição decisiva para a construção de uma democracia pluralista na Tunísia, após a Revolução de Jasmim de 2011.
Kaci Kullmann Five, presidente do Comité Nobel da Noruega, disse que espera que o prémio “inspire as pessoas a verem que é possível trabalhar em conjunto e que se movimentos políticos islamistas e seculares conseguiram fazer isso na Tunísia, com a ajuda da sociedade civil, é porque isso é do melhor interesse para todas as pessoas”.
Os africanos que ganharam o Nobel da Paz (I)
Os africanos que ganharam o Nobel da Paz (II)
Os africanos que ganharam o Nobel da Paz (III)