Reuniões de “outono” do BM/FMI: entre incerteza e esperança.
As Reuniões Anuais do Grupo Banco Mundial e do FMI acontecerão esta semana, de 11 a 17 de outubro, num clima de polémica, ligada ao futuro incerto da Diretora-geral do FMI no epicentro do escândalo do relatório Doing Business. O destino de em suspense
Nos bastidores das grandes discussões sobre os temas da atualidade vai-se decidir do futuro de Kristalina Georgieva que se encontra numa situação delicada devido ao seu suposto envolvimento no relatório Doing Business, tal como Mercados Africanos tem vindo a noticiar desde o início da crise.
O conselho do FMI deveria ter-se reunido neste domingo, 10 outubro 2021, com representantes do escritório de advocacia WilmerHale, responsável por uma investigação que concluiu que a atual chefe do FMI era favorável à revisão das conclusões do relatório a fim de favorecer a China, entre outros países.
Segundo esses relatórios, Kristalina Georgieva pressionou quando estava no Banco Mundial para que a China não caísse em vários lugares no relatório Doing Business 2018, embora negue as conclusões desta investigação.
Os Estados Unidos, que detêm 17,43% dos direitos de voto no FMI ainda não indicaram a posição no apoio ou não, à economista búlgara, antiga comissaria europeia.
Recorde-se tal como noticiado por Mercados Africanos, a DG do FMI tem o apoio de 13 ministros africanos da economia e das finanças, mas também dos países da União Europeia.
O conselho deve decidir rapidamente se lhe mantém ou não o seu apoio.
Mas há também discussões importantes que seguramente estarão ligadas ao otimismo que ocasionou a maior alocação de Direitos Especiais de Saque (650 mil milhões de dólares), embora o montante que receberá África, (33 mil milhões), seja uma quantia bem longe dos 300 mil milhões de dólares que o continente necessita para alavancar a saída da crise.
Os painéis dos quais participara Mercados Africanos debaterão sobre o crescimento económico em tempos de crise e fará paralelos entre os países desenvolvidos, emergentes e pré-emergentes. No respeitante à pandemia o foco será nas soluções para fortalecer os sistemas de saúde e acelerar a distribuição das vacinas COVID. O clima e a importância do comércio no desenvolvimento também serão dois dos temas fortes destas reuniões.