STP: FMI desembolsa 2,7M de dólares.
O Conselho de Administração do Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou na quarta-feira 30 de Março de 2022, que a situação económica de São Tomé e Príncipe segue uma tendência positiva, após a queda do crescimento de cerca de 1,8% em 2021 contra 3% em 2020, e um aumento da inflação causado em particular pela covid-19, segundo comunicado lido por Mercados Africanos.
Após um ano de 2021 marcado pela queda de 1,8% no crescimento e pelo aumento da inflação, o FMI considera que o quadro macroeconómico de São Tomé e Príncipe é geralmente estável, apesar dos desafios persistentes e dos economistas do FMI considerarem que os desafios a vencer são numerosos para este arquipélago.
“O desempenho de São Tomé e Príncipe no âmbito do programa apoiado pela Facilidade de Crédito Alargado do FMI tem sido amplamente satisfatório. A estabilidade macroeconómica foi mantida apesar dos múltiplos desafios”.
“No futuro, é necessário um ritmo acelerado de implementação de reformas estruturais para apoiar o crescimento inclusivo e verde e melhorar a competitividade externa”, lê-se no comunicado.
A instituição recomenda os decisores a iniciarem reformas destinadas a modernizar o quadro jurídico, monetário e financeiro com vista a colmatar o défice de infraestruturas, melhorar o capital humano e a aprofundar a intermediação financeira
Para isso, é preciso regularizar os atrasados internos, reestruturar o setor energético e melhorar a eficiência energética, reforçar a governança de empresas públicas e apoiar programas de transferência social.
Neste contexto o FMI autoriza um desembolso imediato de aproximadamente 2,7 milhões de dólares para ajudar o país a atender às necessidades de financiamento, apoiar os gastos sociais e a recuperação pós-pandemia.
Este desembolso enquadra-se no acordo de 40 meses da Facilidade de Crédito Alargado (ECF na sua sigla em Inglês) do arquipélago, que foi aprovada a 2 de Outubro de 2019 por um montante 13,32 milhões de DES (aproximadamente 18,15 milhões de dólares, ou seja cerca de 90% da cota do país).
O programa visa apoiar a reforma económica do governo para restaurar a estabilidade macroeconómica, reduzir as vulnerabilidades da dívida, aliviar as pressões do balanço de pagamentos e estabelecer as bases para um crescimento mais forte e inclusivo.
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Imagem: © 2022 Francisco Lopes-Santos