Thiébou diène, Património da Humanidade
O “Thiébou diène” famoso prato nacional senegalês a pedido do Governo do Senegal, integrou a lista da UNESCO como Património Imaterial da Humanidade.
A noticia da aprovação do pedido de inclusão na lista da UNESCO e divulgada pelos média francófonos despertou uma onda de comoção e entusiasmo não só no Senegal mas em todos os países da África Ocidental, onde este prato é muito apreciado.
Cenouras, beringelas, couve branca, cebolas, alho, peixe, batata-doce, nabos, pimento e arroz, eis os ingredientes que fazem parte do “Thiébou diène”, prato nacional senegalês, que passou a fazer parte da culinária da humanidade, segundo os critérios do departamento do património cultural imaterial da UNESCO.
O dossier apresentado à UNESCO pelo ministério da Cultura do Senegal, em Outubro de 2020, especifica que a receita do “Thiébou diène” transmite-se de mãe para filha ou filho e varia de região para região.
De acordo com a tradição, o prato do Senegal pode ser comido com as mãos ou com os talheres tradicionais. Em WOLOF, língua nacional senegalesa, o prato é pronunciado Ceebu Jën.
Ceebu jën, também conhecido pela sua abreviatura tiep ou mesmo thieb, é um prato nacional senegalês feito com arroz e peixe, acompanhado de vegetais, geralmente servido em uma tigela.
A sua reputação, a sua preparação, rica e simples, levaram-no além das fronteiras senegalesas.
Este prato, agora Património da Humanidade, espalhou-se primeiro pela África Ocidental, mas agora está presente em muitos restaurantes ao redor do mundo.
Reza a história que o nascimento desta receita senegalesa é atribuído a Penda Mbaye, cozinheira do século XIX da cidade de Saint-Louis, que também simboliza “o lugar da mulher na nossa sociedade, o papel que sempre desempenhou na nossa sociedade”.
Souleymane Jules Diop, Embaixador Delegado Permanente do Senegal junto à UNESCO e que foi responsável pela defesa deste prato na lista da UNESCO, afirmou:
“Ao inscrever o ceebu jën, a Unesco celebra a mulher, a alegria, a unidade, a solidariedade global e o gênio culinário do povo senegalês”.
Embora o Níger e o Gana reivindiquem parte da paternidade do prato, o debate foi encerrado pela UNESCO, que se baseou nas investigações do Senegal.
Fatima Niang e Alpha Amadou Sy, escreveram o livro “Ceebu Jën um património muito senegalês (Le Ceebu jën, un patrimoine bien sénégalais)”.
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Imagem: © 2021 Carmen Abd Ali / AFP